ESCOLA ESTADUAL SILO VARGAS BATISTA –
DISTRITO DE MORUMBI.
DISCIPLINAS: EIXOS TEMÁTICOS –
TERRA- VIDA – TRABALHO, LÍNGUA PORTUGUESA E CIÊNCIAS.
TURMAS: 1º AO 7º ANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL
ELABORADORA: MARIA JOSÉ DA SILVA
EXECUTANTES: MARIA JOSÉ DA SILVA
ANA LÚCIA GUEDES BAPTISTA
NIVALDO DE OLIVEIRA RAMOS
DERCIVAL GOMES DOS SANTOS
COORDENADORA PEDAGÓGICA: ANGELA FLORIDELMA
CHAVES CABREIRA
DIRETOR: ANTONIO PINHO
PROJETO HORTA E
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Público Alvo:
Destinado aos estudantes do 1º ao 7º
Ano do Ensino Fundamental.
Duração: O projeto se
caracteriza por ser uma atividade continuada, portanto, não tem hora ou tempo
de duração que possa ser pré-estabelecido. Afinal, uma vez montada a horta é
possível imaginar, que cada ano, novas turmas darão continuidade ao projeto.
OBJETIVO GERAL
Sensibilizar e
conscientizar as crianças de que a vida depende do ambiente e o ambiente
depende de cada cidadão deste planeta.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Despertar
o interesse das crianças para o cultivo de horta e conhecimento do
processo de germinação;
- Dar
oportunidades de aprender a cultivar plantas utilizadas como nutritivo;
- Conscientizar
da importância de estar saboreando um alimento saudável e nutritivo;
- Degustação
do alimento semeado, cultivado e colhido;
- Criar,
na escola uma área verde produtiva pela qual, todos se sintam
responsáveis;
- Estimular
os estudantes a construírem seu próprio conhecimento no contexto
interdisciplinar;
- Contextualizar
os conteúdos aos problemas da vida urbana;
- Construir
a noção de que o equilíbrio do ambiente é fundamental para a sustentação
da vida em nosso planeta.
JUSTIFICATIVA
Um número crescente de educadores tem refletido e muitas vezes buscado cumprir
o importante papel de desenvolver o comprometimento dos estudantes com o
cuidado do ambiente escolar: cuidado do espaço externo e interno da sala ou da
escola, cuidando das relações humanas que traduzem respeito e carinho consigo
mesmo, com o outro e com o mundo. A reflexão sobre o ambiente que nos cerca e o
repensar de responsabilidade e atitudes de cada um de nós, gera processos
educativos ricos, contextualizados, significativos para cada um dos grupos
envolvidos. Neste contexto, o cultivo de hortas escolares pode ser um valioso
instrumento educativo.
O contato com a terra no preparo dos canteiros e a descobertas de inúmeras
formas de vida que ali existem e convivem, o encanto com as sementes que brotam
como mágica, a prática diária do cuidado – regar, transplantar, tirar matinhos,
espantar formigas é um exercício de paciência e perseverança até que a natureza
nos brinde com a transformação de pequenas sementes em verduras e legumes
viçosos e coloridos.
Hortas escolares são instrumentos que, dependendo do encaminhamento dado pelo
educador, podem abordar diferentes conteúdos curriculares de forma significativa
e contextualizada e promover vivências que resgatam valores. Valores tão bem
traduzidos no livro Boniteza de um Sonho, do professor Moacir Gadotti: “Um
pequeno jardim, uma horta, um pedaço de terra, é um microcosmos de todo o mundo
natural. Nele encontramos formas de vida, recursos de vida, processos de vida.
A partir dele podemos reconceitualizar nosso currículo escolar. Ao construí-lo
e cultivá-lo podemos aprender muitas coisas. Os estudantes o encaram como fonte
de tantos mistérios! Ele nos ensina os valores da paciência, da perseverança,
da criatividade, da adaptação, da transformação, da renovação”.
INTRODUÇÃO
As atividades ligadas ao uso do solo tais como: revolver a terra, plantar,
arrancar mato, podar, regar não só constituem ótimo exercício físico como as
coisas da natureza. Este projeto procura apresentar atividades que despertem o
interesse do estudante no cuidado com o ambiente.
Neste projeto, as pessoas devem atuar sempre com muita responsabilidade e compromisso.
Os estudantes devem estar presentes na maioria das etapas e atividades
desenvolvidas na horta, tais como: seleção das espécies a serem cultivadas,
plantio, cuidados com a horta e colheita.
Os professores devem auxiliar os estudantes no desenvolvimento e manutenção da
horta e na supervisão dos trabalhos.
Resultados
previstos:
- Maior
integração do corpo docente;
- Melhora
no nível de socialização do estudante;
- Desenvolvimento
das habilidades específicas do estudante;
- Melhora
do nível de higiene ambiental escolar;
- Conscientização
da necessidade de conservação dos recursos naturais.
As turmas envolvidas no projeto poderão
repensar sobre:
- O
solo, o clima e os alimentos;
- Os
alimentos e o seu valor nutricional;
- Os
cuidados com a preparação do solo;
- Alimentos
e seu valor nutricional;
- Receitas
pesquisadas junto a familiares e outras pessoas da comunidade que
contenham os alimentos cultivados na horta.
Material necessário:
- Terreno
apropriado;
- Apoio
dos estudantes, dos outros professores e da comunidade;
- Recursos
como adubos, sementes e ferramentas necessárias ao cultivo de hortaliças
(pazinhas, rastelos e regadores apropriados para estudantes);
- Água
para rega ou molhagem.
As vantagens para ter uma horta na
escola:
- Fornece
vitaminas e minerais importantes à saúde dos estudantes;
- Permite
a colaboração dos estudantes, enriquecendo o conhecimento deles;
- Estimula
o interesse das crianças pelos temas desenvolvidos com a horta.
Procedimentos:
O planejamento do
projeto deve ser feito de modo que os estudantes acompanhem todas as etapas do
cultivo, participando diretamente de cada uma delas.
A cada semestre,
pode ser escolhida uma verdura para ser cultivada. Mas, antes que os estudantes
comecem a ter contato com a terra e as sementes, é importante que o professor
procure envolvê-los em uma atividade lúdica que desencadeie a questão do
cultivo.
1ª etapa:
Visitação à horta:
- Reconhecimento
do espaço em que será feito o plantio. Nesta etapa, os professores devem
aproveitar para conversar com os estudantes, abordando questões como: o
que é uma horta, para que serve e o que podemos plantar nela;
- Exploração
do espaço da horta, mostrando suas partes e os instrumentos que serão
utilizados para a semeadura, como manusear com segurança o rastelo, a pá e
o regador .
Preparação da terra:
- Depois
de uma aula sobre plantio, os estudantes começam a preparar a terra
afofando-a, desmanchando os torrões que se formam e molhando-a.
2ª etapa:
- Apresentação
do que será plantado, explicando às crianças as características e o valor
nutricional do alimento e para que servem as vitaminas que estão contidas
nele, a experimentação da verdura, conhecer o gosto do alimento para
tanto, deve ser preparado algo para degustação.
3ª etapa:
- Plantio:
Os estudantes deverão apresentar a semente que será plantada. Em seguida,
farão as covas para colocação da semente. Depois da plantação, os
professores devem combinar com a turma o espaço de tempo em que será feita
a rega e a limpeza dos canteiros.
4ª etapa:
- Acompanhamento
da plantação: a
época de crescimento da plantação, observação do crescimento da semente,
limpeza e rega dos canteiros.
5ª etapa:
- Colheita: Experimentação: a fase
final do projeto deve ser encarada como uma festa onde todas as turmas se
reúnem para comer o que plantaram. A vivência deste projeto é uma
experiência muito rica para os estudantes, instiga a curiosidade deles e
introduz noções de Ciências Naturais.
Tempo para transplante:
- Alface
e chicória: assim que apresentar de quatro a seis folhas;
- Couve,
repolho e cebolinha: 30 dias.
- Época
de colheita:
- Rabanete:
35 dias;
- Alface,
chicória, almeirão e rúcula: 40 dias;
- Espinafre:
60 dias;
- Salsa:
70 dias;
- Beterraba
e cenoura: 90 dias.
Rega:
É um dos principais
momentos do cultivo de uma horta. Sem a rega, é impossível o bom
desenvolvimento de qualquer planta. Ela deve ser feita de manhã bem cedo. No
caso de dias muito quentes, regue também no final da tarde. Em regiões de clima
mais ameno, uma rega ao dia é suficiente. O solo do canteiro ou a terra da
sementeira deve receber água de maneira uniforme, até que infiltre abaixo das
sementes ou raízes, sempre tomando cuidado para não encharcar a terra.
Colheita: É feita de duas
maneiras: arranco e corte.
Para alface,
chicória, mostarda, beterraba, cenoura e rabanete, basta arrancar. Salsa,
cebolinha e rúcula devem ser cortadas três dedos acima do solo Se a salsa e a
cebolinha forem cortadas corretamente, poderão ser colhidas muitas vezes.
Rúcula e almeirão, no entanto, podem ser colhidos, no máximo, sete vezes. O
almeirão deve ser cortado rente ao solo. No caso do espinafre, deve-se cortar
apenas os ramos maiores. Para a couve, retire as folhas maiores com cuidado
para não danificar os brotos centrais. Tanto o espinafre quanto a couve podem
ser colhidos diversas vezes.
Controle de pragas e
doenças: Para evitar o aparecimento de pragas e doenças, alguns cuidados devem
ser tomados. O ideal é não cultivar uma única hortaliça no canteiro, pois cada
planta retira um tipo de nutriente do solo e atrai um diferente tipo de praga.
Nas bordas dos canteiros, cultive salsa, cebolinha e coentro. Eles funcionam
como repelentes para alguns bichinhos acostumados a atacar as hortaliças. Numa
metade, cultive alface. Na outra, beterraba. Esse procedimento ajuda a
equilibrar a retirada das vitaminas do solo e confunde os bichinhos que atacam
as plantas pelo cheiro, cor e forma das folhas. O cultivo de ervas medicinais,
como melissa, capim-cidreira, poejo, hortelã, menta e boldo ao redor da horta,
também é muito eficaz para espantar algumas pragas. A erva-doce atrai para si o
pulgão que costuma atacar a couve. Se houver poucas plantas de couve na horta,
pode-se fazer a lavagem das folhas retirando todos os pulgões. Se não resolver,
o ideal é aplicar a calda de fumo.
Avaliação:
Observação
periódica com registros do interesse dos estudantes.
BIBLIOGRAFIA:
- ACHARAM, Y.M. - As Plantas que
Curam. Vol. I - 1ª edição - Ed. Li Bra. - São Paulo.
- COSTA, R. - Notas de Fitoterapia. -
2ª edição - Rio de Janeiro, 1958. Guia Rural
- Ervas e Temperos. Ed. Abril - São
Paulo, 1991. _ PRIMAVESI, A.
- Manejo integrado de pragas e doenças.
Ed. Nobel - São Paulo, 1988.
- TEIXEIRA, A.S. - Dicas de Alimentos e
Plantas para a Saúde. Ed. Tecnoprint S.A. - Rio de Janeiro,
1983.
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